CRÔNICAS | CELINA MORAES

2021 pode ser a balada da esperança

2021 pode ser a balada da esperança

Celina Moraes, escritora*
O ano de 2020 se encerrou, mas viverá para sempre em nossas memórias por ter sido o ano do coronavírus. Mudou vidas drasticamente. Destruiu famílias, empregos e negócios. Vi um vírus sem preconceito de idade, cor, crença e classe social. A única certeza é de que não temos certeza de como o vírus agirá em nosso organismo.

A previsão do tempo para 2021 é de céu nublado. O sol pode demorar para aparecer, mas quando a estrela dourada desponta no céu é uma chuva de alegria, nos levando a esquecer dos infindáveis terremotos e tsunamis e a lembrar da finitude da vida.

Minha mensagem são reflexões sobre alguns ganhos da pandemia. Houve separações, mas houve relacionamentos sendo reabastecidos pela chama do amor. Houve falências, mas houve quem descobriu no empreendedorismo virtual um investimento rentável. Houve quem reclamava da falta de tempo para ler e substituiu os encontros sociais por saraus de leitura. Vamos receber 2021 cheios de um combustível essencial à vida: a esperança.

Se ao refletir sobre sua vida, você se lembrar que guardou no baú do tempo, um sonho, retire ele de lá, mas insista na persistência. Para mim, só a perseverança nunca bastou. Precisei de uma insistência titânica na persistência para atingir alguns objetivos. A pessoa que avaliou meu primeiro livro, me indicou o cesto de lixo. Sou lhe eternamente grata por ter me sugerido ler mais e aprimorar a escrita antes de me lançar escritora.

Nas dificuldades financeiras, adiei ou revi projetos pessoais, mas jamais os abandonei. Perdi inúmeras batalhas ao lutar por meus sonhos, mas lutei bravamente. A vida é uma sucessão de sucessos e fracassos. O escritor H. Jackson Brown escreveu que a oportunidade dança com aqueles que já estão na pista de dança. Vamos nos jogar na pista da vida em 2021 e dançar a balada da esperança.

(*) Formada em Letras, Celina Moraes é escritora e cronista. Autora dos romances “Jamais subestime os peões” e “Lugar cheio de rãs”, que foi vencedor do Prêmio “Lúcio Cardoso” em 2010 pelo 3º lugar no concurso internacional de literatura promovido União Brasileira de Escritores do Rio de Janeiro (UBE-RJ). Ainda teve o conto “Rumo ao topo numa canoa quebrada” selecionado para compor a antologia da UBE, “Contos: História de Amor e Dor”.

Por Celina Moraes, em Janeiro de 2021


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